Por Shirleny Guillen¹
Seu rosto e seu olhar possui marcas
que a vida foi deixando a cada dia... Sua expressão não esconde as perdas e
decepções que tem sido vítima há muitos anos de uma sociedade discriminatória e
elitista que tudo têm feito para que os poucos sonhos que ainda existem sejam
destruídos.
Mas, ele é guerreiro e luta contra
seus próprios conflitos e se permite acreditar que algo ainda é possível. Então
ele volta à escola com a esperança que desta vez será diferente das outras
vezes que voltou, mas logo percebe que se enganou, por que a escola que o
acolheu continua sendo, inadequada e mais uma vez ele vai embora...
Muitos estudiosos e pesquisadores se
debruçam sobre o assunto e querem
soluções imediatas, mas esquecem de perceber a simplicidade desse processo. Essa
clientela quer apenas ser tratada como sujeito de direito: que pensa e tem suas características próprias que
devem ser respeitadas e temperada com
muita sensibilidade e amor.
Quando esse fator for considerado não
haverá problemas de evasão escolar na EJA, por que para eles a educação continua
sendo a única esperança de uma condição melhor de vida. Eles persistem e buscam
a cada semestre essa nova escola. Mas quando a encontrarão? Mudar é necessário,
mas quando acontecerá?
Creio que podemos iniciar esse
processo com atitudes bem simples, como: acolhê-los carinhosamente a cada retorno
a escola, respeitá-los e adequar o material didático pedagógico a realidade do
seu dia a dia. Não é difícil, basta só um pouco de boa vontade. Vamos ter um
outro olhar a essa clientela... Eles merecem...
¹Shirleny Guillen é
professora especialista em Educação de jovens e adultos e ministra a disciplina
na Faculdade Metropolitana – UNNESA em Porto Velho, Rondônia. O material foi
cedido pela professora e pertence a categorias de artigos que nos foram
oferecidos para compartilhamento de ideias.
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PARABÉNS PELO ARTIGO. MUITAS ESCOLAS CONTEMPLAM A MODALIDADE DA EJA SÓ PARA CONSTAR QUE EXISTE.
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