' '' ' PROF VAL BARRETO - CANDIDATA A VEREADORA DE PORTO VELHO!: setembro 2012

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24 setembro 2012

Resumo: Os métodos de Ensino - Jose Carlos Libâneo


O processo de ensino se caracteriza pela combinação de atividades do professor e dos alunos. Estes, pelo estudo das matérias, sob direção do professor, vão atingindo progressivamente o desenvolvimento de suas capacidades mentais. 

A direção eficaz desse processo depende do trabalho sistematizado do professor que, tanto no planejamento como no desenvolvimento nas aulas conjuga objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas do ensino. 

Os métodos são determinados pela relação objetivos-conteúdos, e referem-se aos meios para alcançar os objetivos gerais e específicos do ensino, ou seja, ao “como” do processo de ensino, englobando as ações a serem realizadas pelo professor e pelos alunos para atingir objetivos e conteúdos. 

O conceito mais simples de “método” é o de caminho para atingir um objetivo. Na vida cotidiana estamos sempre perseguindo objetivos. Mas estes não se realizam por si mesmos, sendo necessária a nossa atuação, ou seja, a organização de seqüências de ações para atingi-los. Os métodos são, assim, meios adequados para realizar os objetivos.



O professor, ao dirigir e estimular o processo de ensino em função da aprendizagem dos alunos utiliza intencionalmente um conjunto de ações, passos condições externas e procedimentos, que chamamos de métodos de ensino. Por exemplo, à atividade de explicar a matéria corresponde o método de exposição; à atividade de estabelecer uma conversação ou discussão com a classe corresponde o método de elaboração conjunta.

 Os alunos, por sua vez, sujeitos da própria aprendizagem, utilizam-se de métodos de assimilação de conhecimentos. Por exemplo, à atividade dos alunos de resolver tarefas corresponde o método de resolução de tarefas; á atividade que visa o domínio dos processos de conhecimentos científicos numa disciplina corresponde o método investigativo; à atividade de observação corresponde o método de observação e assim por diante.



A escolha e organização dos métodos de ensino devem corresponder á necessária unidade objetivos-conteúdos- métodos e forma de organização de ensino e às condições concretas das situações didáticas. Em primeiro lugar, os métodos de ensino dependem dos objetivos imediatos da aula: introdução de matéria nova, explicação de conceitos, desenvolvimento de habilidades, consolidação de conhecimento etc. Ao mesmo tempo, depende de objetivos gerais da educação previstos do plano de ensino pela escola ou pelo professor.



Em segundo lugar, a escolha e organização dos métodos dependem dos conteúdos específicos e dos métodos peculiares de cada disciplina e dos métodos de sua assimilação.
Em terceiro lugar, em estreita relação com as condições anteriores, a escolha de métodos implica o conhecimento das características dos alunos quanto á capacidade de assimilação conforme a idade e nível de desenvolvimento mental físico e quanto suas características sócio-culturais e individuais



Em resumo, podemos dizer que os métodos de ensino são as ações do professor pelas quais se organizam as atividades de ensino e dos alunos para atingir os objetivos do trabalho docente em relação ao conteúdo específico. Eles regulam a forma de interação entre ensino e aprendizagem, entre o professor e os alunos, cujo resultado é assimilação consciente dos conhecimentos e o desenvolvimento das capacidades cognoscitivas e operativas dos alunos.




Os princípios básicos do ensino



Os princípios básicos do ensino são aspectos gerais do processo de ensino que expressam os fundamentos teóricos de orientação do trabalho docente. Os princípios do ensino levam em conta à natureza da prática educativa escolar numa determinada sociedade, as características do processo de conhecimento, as peculiaridades metodológicas das matérias e suas manifestações concretas na prática docente, as relações entre o ensino e o desenvolvimento dos alunos, as peculiaridades psicológicas de aprendizagem e desenvolvimento conforme idades. As exigências práticas da sala de aula requerem algumas indicações que orientam a atividade consciente dos professores no rumo dos objetivos gerais e específicos do ensino.



Ter caráter científico sistemático



Os conteúdos de ensino devem estar em correspondência com os conhecimentos científicos atuais e com os métodos de investigação próprios de cada matéria.



Recomenda ao professor:


Buscar explicação científica de cada conteúdo da matéria;


Orientar o estudo independente dos alunos na utilização dos métodos científicos da matéria;

Certificar da consolidação da matéria anterior por parte dos alunos, antes de introduzir a matéria nova;

Assegurar no plano de ensino e na aula a articulação seqüencial entre os conceitos e as habilidades;

Assegurar a unidade objetivos –conteúdos -métodos;

Organizar as aulas de modo que sejam evidenciadas as inter-relações entre os conhecimentos da matéria e entre estes e as demais matérias;

Aproveitar, em todos os momentos, as possibilidades educativas da matéria no sentido de formar atitudes e convicções.



Ser compreensível e possível de ser assimilado



Recomendações de práticas para atender a este princípio:

Dosagem no grau de dificuldades no processo de ensino, tendo em vista superar a contradição entre as condições prévias e os objetivos a serem alcançados;

Diagnóstico periódico do nível de conhecimentos e desenvolvimentos dos alunos;

Análise sistemática da correspondência entre o volume de conhecimentos e as condições concretas do grupo de alunos;

Aprimoramento e atualização, por parte do professor, nos conteúdos da matéria que leciona como condição de torná-los compreensíveis e assimiláveis pelos alunos.



Assegurar a relação conhecimento-prática



Algumas recomendações práticas para atender a este princípio:

· Estabelecer, sistematicamente, vínculos entre os conteúdos escolares, as experiências e os problemas da vida prática;

· Exigir dos alunos que fundamentem, com o conhecimento sistematizado, aquilo que realizam na prática;

· Mostrar como os conhecimentos de hoje são resultado da experiência das gerações anteriores em atender necessidades práticas da humanidade e como servem para criar novos conhecimentos para novos problemas.



Assentar-se na unidade ensino-aprendizagem



Algumas recomendações práticas em relação a este princípio:



· Esclarecer os alunos sobre o objetivo da aula e sobre a importância de novos conhecimentos para a seqüência dos estudos, ou para atender necessidades futuras;

· Provocar a explicitação da contradição entre idéias e experiências que os alunos possuem sobre um fato ou objeto de estudo e o conhecimento científico sobre esse fato ou objeto de estudo;

· Criar condições didáticas nas quais os alunos possam desenvolver métodos próprios de compreensão e assimilação de conceitos e habilidades (explicar como resolver um problema, tirar conclusões sobre dados da realidade, fundamentar uma opinião seguir regras para desempenhar uma tarefa etc.);

· Estimular os alunos a expor e defender pontos de vistas, conclusões sobre uma observação ou experimento e a confrontá-los com outras opiniões;

· Formular perguntas ou propor tarefas que requeiram a exercitação do pensamento e solução criativa;

· Criar situações didáticas (discussões, exercícios, provas, conversação dirigida etc.) em que os alunos possam aplicar conteúdos a situações novas ou a problemas do meio social;

· Desenvolver formas didáticas variadas de aplicação do método de solução de problemas.



Garantir a solidez dos conhecimentos



Este princípio se apóia na afirmação de que o desenvolvimento das capacidades mentais e modos de ação é o principal objetivo do processo de ensino de que é alcançado no próprio processo de assimilação de conhecimentos, habilidades e hábitos. A assimilação de conhecimento não é conseguida se os alunos não demonstram resultados sólidos por um período mais longo ou menos longo. O atendimento desse princípio exige do professor freqüente recapitulação da matéria, exercícios de fixação, tarefas individualizadas a alunos que apresentem dificuldades e sistematização dos conceitos básicos da matéria.



Levar à vinculação trabalho coletivo-particularidade individuais



O trabalho docente deve ser organizado e orientado para educar a todos os alunos da classe coletivamente. O professor deve empenhar-se para que os alunos aprendam a comporta-se tendo em vista o interesse de todos, ao mesmo tempo em que presta atenção ás diferenças individuais e as peculiaridades de aproveitamento escolar.

Para isso, podem ser adotadas as seguintes medidas:

· Explicar com clareza os objetivos da atividade docente, as expectativas em relação aos resultados esperados e as tarefas em que os alunos estarão envolvidos;

· Desenvolver um ritmo de trabalho de acordo com o nível máximo de exigências que se pode fazer para aqueles grupos de alunos;

· Prevenir a influência de particularidades desfavoráveis ao trabalho escolar (colocar nas primeiras carteiras os alunos com problemas de visão ou audição dirigir-se com mais freqüência a alunos distraídos, dar mais detalhes de uma tarefa a alunos mais lentos);

· Considerar que a capacidade de assimilação da matéria, a motivação para o estudo e os critérios de valorização das coisas não são iguais para todos os alunos: tais particularidades requerem uma atenção especial do professor a fim de colocar alunos isolados em condições de participar no coletivo.




Classificação dos Métodos de Ensino:




1 – Método de Exposição Pelo Professor

     Nesse método, a atividade dos alunos é receptiva.
      Cabe ao professor a apresentação dos conhecimentos e habilidades.

      Podem ser expostos das seguintes formas:

     Exposição verbal: sua função é explicar um assunto desconhecido. O professor deverá estimular sentimentos, instigar a curiosidade, relatar sugestivamente um fato, descrever com vivacidade uma situação real, fazer leitura expressiva, etc.

    Demonstração: o professor utiliza instrumentos que possam representar fenômenos e processos, que podem ser, por exemplo: visitas técnicas, projeção de slides.

   Ilustração: são utilizadas pelo professor, tal como na demonstração, a apresentação de gráficos, seqüências históricas, mapas, gravuras, de forma que os alunos desenvolvam sua capacidade de concentração e de observação.

     Exemplificação: é um meio de auxiliar a exposição verbal.

2 – Método de Trabalho independente

    É uma técnica de ensino que consiste de tarefas dirigidas e orientadas pelo professor, para que os alunos as resolvam de modo individual e criativo.

  É preciso que os alunos já possuam determinados conhecimentos, compreendam a tarefa e seu objetivo, dominem o método de solução, apliquem conhecimentos e habilidades sem a orientação direta do professor.

   O aspecto mais importante do trabalho independente é a atividade mental do aluno.

  Este método pode ser adotado em qualquer momento da aula, como tarefa preparatória, tarefa de assimilação ou como tarefa de elaboração pessoal.

 Na tarefa preparatória os alunos respondem um breve teste. Essa tarefa serve para verificar as condições prévias dos alunos.

 As tarefas de assimilação são exercícios de aprofundamento e aplicação dos temas já tratados. Elas servem para revisar conhecimentos e assimilar a solução correta.

  As tarefas de elaboração pessoal são exercícios nos quais os alunos produzem respostas surgidas do seu próprio pensamento. Para solicitar esse tipo de tarefa é preciso fazer perguntas que leve o aluno a pensar: para que serve...?, o que devemos fazer quando...?, o que aconteceria se...?.

      Para que o trabalho independente cumpra a sua função didática o professor precisa:

    Dar tarefas claras;
    Assegurar condições de trabalho;
    Acompanhar o trabalho;
    Aproveitar o resultado das tarefas para toda a classe.
    Os alunos, por sua vez, devem:
- Saber o que fazer e como trabalhar;
- Dominar as técnicas de trabalho;
- Desenvolver atitudes de ajuda mútua.

3 – Método de Elaboração Conjunta

  Interação entre alunos e professor. É a conversação, aula dialogada, com elaboração de perguntas que leve os alunos a reflexão.
   A forma mais usual de aplicação da conversação didática é a pergunta.
  A pergunta deve ser feita com bastante cuidado, para que seja compreendida pelo aluno da pergunta.
 Esse método é reconhecido como um excelente procedimento para promover a assimilação ativa dos conteúdos, desenvolvendo atividade mental, através da obtenção de respostas pensadas sobre a causa de determinados fenômenos, avaliação crítica de uma situação, busca de novos caminhos para soluções de problemas.

4 – Método de Trabalho em Grupo

  Atividade coletiva que visa à integração e a colaboração dos alunos e/ou equipe para a execução de uma tarefa ou projeto. O professor precisa ter claro para trabalhar em grupo:

     Objetivos:

Que os conteúdos são meios e não os fins para o desenvolvimento de competências, necessárias na resolução de problemas.

CONDIÇÕES MÍNIMAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO (ESPAÇO FÍSICO, ILUMINAÇÃO, OUTROS).



ORGANIZAÇAO DOS GRUPOS
IMPORTANTE!

   O professor deve deixar claro para a classe os critérios de agrupamentos, para que não encontre resistência na organização dos grupos, não decorrendo assim em equívocos didáticos.



Diferentes Formas de Apresentação em Grupo:
        Debate
        Philips 66
        Tempestade mental
        Grupos de verbalização
        Seminário

5 – Atividades Especiais

COMPLEMENTAM OS MÉTODOS DE ENSINO

CONCORREM PARA ASSIMILAÇÃO ATIVA DOS CONTEÚDOS

EX. ESTUDO DO MEIO

Planejamento
Execução                             
Exploração dos result. e avaliação

RELAÇÕES COM FATOS SOCIAIS (realidade do aluno)


      Aprendemos a aprender nas experiências ao longo da vida, nas relações do homem com o meio. A comunicação entre os grupos é mais clara, facilitando a construção de novos saberes.

“Ninguém sabe tudo que não possa aprender e ninguém sabe tão pouco que não tenha nada a ensinar.”Autor desconhecido
Referência
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. 

23 setembro 2012

Painel de Aniversariantes do ano em E.V.A






Boneca fofa em E.V.A em posição deitada




Placas decorativas em E.V.A e Isopor para Escola






17 setembro 2012

Analise sociolinguista da letra “A dança e o rio” de Zezinho Maranhão e Flávio Carneiro

 


Para exemplificar essa diversidade linguística, analisaremos uma das letras do cantor e compositor Zezinho Maranhão composta juntamente com Flávio Carneiro em homenagem a cidade de Porto Velho e seus habitantes.

Ponho-me a ¹rir e ²rio quando o ³rio passa. Nessa primeira estância a palavra rio apresenta a grafia igual, mas sentidos diferentes. No primeiro ¹rir (latim rideo, - ere), é um verbo, trata-se da manifestação do riso, nessa parte o compositor mostra alegria ou divertimento = SORRIR. Na segunda palavra rio² que apresenta a mesma grafia, o compositor quer transmitir na letra o sentido de achar graça a (ex.: rio quando...). E no terceiro Zezinho refere-se ao próprio rio³ no sentido de rio como um  curso de água natural. Nesse caso cabe destacar a importância do rio para a cidade de Porto Velho, o rio Madeira que banha a cidade, abriga espécies de mamíferos aquáticos únicos da Amazônia, como o boto tucuxi e o peixe-boi, mas a importância do rio não esta ligada somente a diversidades de peixes, o rio é uma hidrovia natural que impulsiona a economia do estado, e da cidade em particular, pois é através dele que se fazem as viagens até Manaus e Belém, sem falar que nas margens do rio existe também população ribeirinha. O rio simboliza a própria história e criação da cidade de Porto Velho que começa com a descoberta de cassiterita (minério de estanho) nos velhos seringais no final dos anos 50, e de ouro no rio Madeira.

Acho graça do balanço que ele faz. Nessa dicção o compositor mostra contentamento ao movimento das águas, das ondas, do vai e vem que representa o curso da vida, o cotidiano dos portovelhenses, demonstra graça no sentido não de benevolência, mas como ato ou dito de quem sente alegra ao ver o “balanço” que o faz rir.

A correnteza é bailarina. Nessa frase a linguagem de Zezinho ao fazer uma cooptação entre a correnteza a bailarina (mulher que dança por profissão) transmite-nos o sentido de movimento das águas do rio serem em movimento de dança, as ondas se movem artisticamente, nesse caso a correnteza assim como a bailarina, não é fixa, mas sim oscilatória, que balança, brande.

O leito é praça. O leito refere-se à cama, onde o individuo descansa, repousa depois de um dia cansativo, nesse caso ele atribui a praça o mesmo sentido, quem se reúne na praça da cidade, descansa, estar na praça é sinônimo de repouso e algo necessário.

A dança é água que penetra. Acontece uma correlação entre a dança e a água, pois assim como a água a dança chegar ao íntimo de, tocar profundamente o indivíduo em contato com a dança, o ritmo, a melodia.

Clara no cais. Dando continuidade a água como dança que penetra, aqui essa frase usa uma linguagem figurativa, e explicita a claridade como algo sendo limpa, a água clara, transparente, assim como a dança, sem rebuço, diante de todos, que se vê bem, que há no cais, no ponto de embarque e desembarque nos portos, é uma água límpida e transparente.

Por entre arbustos e cipoais. A palavra arbusto é muito usada na região, representa uma pequena árvore e cipoais, é derivado de cipó, que é uma espécie de trepadeira.

Ah esse rio é demais. Expressão comum que significa que algo é mais que bom, o mesmo que de mais, nesse caso o compositor atribui ao rio qualidades alem dos rios comuns.

É de cristal é natural, é de manhã. Ainda referindo-se ao rio, bem como às águas, trata-se de uma comparação entre o cristal, no sentido figurado de limpidez, transparência, que assim como as manhãs tem um brilho suave como os raios de sol que raiam de manhã cedo, o período de tempo entre o amanhecer e o meio-dia.

Cunhã. Abreviatura de cunhatã, que significa menina.

Canto nele seu encanto mágico. Sobre o rio esta frase transcreve a ação do cantor estar cantando as magias que rio possui, o seu encanto, uma introdução a próxima estrofe onde se dá um sentido mais concreto ao rio e não mais simbólico.

É fato e farto é o alimento que ele dá. Sobre o rio, essa estrofe menciona o fato como uma coisa realizada, um acontecimento no sentido de ser verdade que o rio fornece alimentos a população e todos sabem que o rio fornece uma fartura em alimentos, aqui há o sentido abundância excessiva de peixes.

Não quer espúrio nem mercúrio. A palavras espúrio significa que não tem pai certo ou que não pode ser perfilhado (ex.: filho espúrio). = BASTARDO, ILEGÍTIMO, mercúrio é um elemento químico (símbolo Hg), de número atômico 80, que constitui um corpo metálico líquido que se solidifica aos 40º negativos, mas em outro sentido mercúrio exprime o sentido de “Medianeiro”, alguém que é intermediário em assuntos de amor.

Que a pesca no seu tempo. Assim como tudo na vida existe um tempo determinado, na pesca acontece o mesmo, e para isso alem de esperar a época certa de pesca, a  estrofe dá um sentido figurativo ao tempo e faz uma correlação com a dança na estrofe a seguir.

Tá atento aguardando pra dançar. Nesse caso, o tempo está aguardando para dançar, assim, nota-se uma correlação coma estrofe anterior, a pesca é comparada a dança e aguardam o tempo para acontecer.

O tempo todo movimento de menina. Aqui há uma referencia ao movimento populacional de meninas pelos arredores da cidade, indivíduos do sexo feminino que vem e vão movimentando-se de um lugar a outro.

Dançarina que baila na escadaria. Acredita-se que aqui há uma menção da bailarina da praça, Elielza Bailarina Ramos Freire é um personagem querido e folclórico da cidade que dança pelas escadarias da praça do palácio do governo, onde essa dançarina típica da região faz performances de danças.

Se for de noite é poesia e se é de dia. Refere-se ao clima da cidade no sentido de que durante a noite a cidade de Porto Velho é tem uma composição poética pouco extensa, ou seja a noite é curta, porém desperta o sentimento do belo.

O sol é luz nessa peleja cunhatã. Há nessa estrofe uma analogia ao sol, que se transforma em luz que, iluminando os objetos os torna visíveis para mais um dia de peleja não mais no sentido de cunhatã “menina”, mas sim de peleja comum entre os jovens portovelhenses.

Nesse curso correm duas curvas. Fala sobre as duas curvas que o Rio Madeira faz ainda nos limites da cidade de Porto Velho.

As tuas cores do mato afã. Aqui fala sobre as cores do Rio que assim como o mato afã, significa que as cores incentivam, impulsionam o desejo, ânsia, vontade de conseguir algo.

Teu pêlo folha do pé de açaizeiro. Faz uma analogia ao pelo e folha de açaí, fruta comum da região norte, uma espécie de palmeira.

O seio anatomia do biriba. Refere-se ao seio do rio, que supostamente possui um formato igual ao biriba, folhas lanceoladas, oblongas, e com carpelos salientes.

Gira no corpo como peixe¹ e matrinxã². Essa frase refere-se à dança, pois faz o corpo girar assim como peixe (¹movimento feito pelos peixes de modo geral), gira por entre as águas do rio, e faz uma referencia a um peixe especifico: o matrinxã² uma espécie de peixe de escamas, coloração prateada, corpo alongado, encontrado nas bacias amazônicas.

O rio colo o corpo é lado. Esse tipo de linguagem é muito comum na região norte, aqui o rio é comparado a uma passagem entre montes ou elevações de terreno, geralmente mais larga que o desfiladeiro = COLADA. Aqui houve o uso de duas palavras separadas, mas que juntas possuem um significado, sendo este relacionado à dança, na ação de dançar colada, a intenção do compositor está ligada a rima e não à linguagem em si.
                  
Metodologia

            Através de pesquisa bibliográfica busca-se propor uma analise das pesquisas realizadas, abordando especificamente a cultura da cidade de Porto Velho, sendo esta de cunho qualitativo com base em considerações feitas por Gesssi Taborda, preconceitos linguistico Marcos Bagno, “A dança e o rio” de Zezinho Maranhão e Flávio Carneiro.

Considerações Finais

            A letra da música “A dança e o rio” de Zezinho Maranhão e Flávio Carneiro é rica em diversidade cultural, ela traz em sua letra características culturais sobre a cidade de Porto Velho, sobre a hidrografia, sobre a dança, sobre a terra, sobre peixes comuns da região, frutos que são a distintiva dessa cidade pelo Brasil afora, alem de uma abordagem do cotidiano comum dos portovelhenses. Zezinho Maranhão é muito criativo, talentoso e conhece muito bem a cidade e suas peculiaridades, como a noite, o potencial turísticos, a população que habita aqui.
            A letra dessa música tem um significado sociocultural importantíssimo para Porto Velho, assim como uma grande variedade sociolinguista que traz em muitas palavras expressões corriqueiras da população portovelhense, linguagem essa que está presente na vida das pessoas que moram nessa cidade, e na vida de quem veio para cá e acaba conectando-se aos dialetos, expressões e real sentido da linguagem popular de Porto Velho.
            Zezinho Maranhão é uma personalidade muito importante para essa cidade, para a cultura, não só pela música, mas pela composição, pelo respeito que tem pela cidade e por ser uma referência no âmbito de artista regional, sua música é autêntica, ultrapassa as fronteiras do regionalismo, buscando a universalidade de seus poemas e sons. Com uma produção cultural otimista, amorosa e alto astral, Zezinho Maranhão, encanta com suas canções. Além de emprestar sua voz sofisticada aveludada à composição de artistas de renome.


Referências


SCHERE, Maria. O idioma, a elite e o preconceito. Contra ponto: Brasília: 1995.


TABORDA, Gessi. Um diamante chamado Zezinho. Disponível em: http://www.enter-net.com.br/rol/ENTREVI/ZEZINHO.HTM Acesso em 2 de junho, 2012 ás 14: 04.


AMARAL, Nair. A variação nos falares de Porto Velho. Universidade Federal de Rondônia. 1999.


XIMENES, Marcela. O portovelhês nosso de cada dia. O ver o mundo: 2007. Disponível em: http://www.overmundo.com.br/overblog/o-portovelhes-nosso-de-cada-dia. Acesso em 04 de junho, 2012 às 16: 03.


BRASIL, Dicionário Priberan. Dicionário de Língua português online. Priberan Pt: 2012. Disponível em: http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=colo. Acesso em: 06 de junho, 2012 ás 14: 47.

Resumo: “Planejamento em questão” de Celso Vasconcelos



1 INTRODUÇÃO

A discussão sobre o planejando nos tem dado uma oportunidade importante para nossa postura como profissional. Portanto, a disciplina de planejamento educacional nos dá através da professora Ms Sheila Ximenes uma reflexão sobre o planejamento através da analise de uma das partes do capítulo do livro “Planejamento. Projeto de Ensino-aprendizagem e Projeto Político Pedagógico” do autor Celso Vasconcelos, 2010.
Porém nesta resenha estaremos fazendo algumas considerações sobre a 1ª parte do capítulo: “Planejamento em questão” onde o principal objetivo do livro é ajudar a prática educativa e convida o leitor a fazer uma reflexão que possa fazer com que os professores, educadores, acadêmicos de Pedagogia e assim consecutivamente possam aprender a agir, a mudar, a avançar.... Ainda nas faculdades é possível notar que o tema “planejamento” é taxado como “chato”, fazendo jus a fama “professor nenhum gosta de planejar”, mas assim como o autor esperar mudar isso, esperamos ser uma nova geração de pedagogos que valorize de fato o planejamento e o faça com força de vontade.

2 PRIMEIRA PARTE – PLANEJAMENTO EM QUESTÃO

Antes de qualquer coisa, o que é reflexão? Essa é uma boa maneira de começar a refletir sobre o termo propriamente tido, para só então a partir daí buscar os outros caminhos que nos leve a entender como se dá esse processo de reflexão.
A reflexão, portanto, é uma mediação no processo dede transformação. É como afirma Rubinstein (1967), que acredita que o caráter consciente e orientado a um fim caracteriza a atuação humana.
Baseado na ideia de que a ação humana pode ser alienada o autor acredita que a alienação não significa que o professor não esteja apto para agir, ou que não tenha um fim, um objetivo, ele trata isso como uma qualidade dos mesmos.

3 A FALTA DE SENTIDO DO PLANEJAMENTO

Quando adentramos no campo educacional, deparamo-nos com séculos de denuncia de uma escola desvinculada da vida, abstrata, formalista, autoritária passiva, etc., e, no entanto, uma observação mais atenta, nos damos conta que a prática, no seu conjunto, pouco tem mudado.

3.1 LOCALIZAÇÃO DA PROBLEMÁTICA

No cotidiano das escolas, em especial no final e inicio de ano, é realizada uma série de práticas como preencher formulários com objetivos, conteúdo estratégia,avaliação ,indicação de livros didáticos, etc.

4 ANÁLISE DAS IDEIAS DO AUTOR

Celso Vasconcellos, nos fragmentos sobre Planejamento de Ensino, discorre sobre o Papel da Reflexão como mediação no processo de transformação; Falta de sentido do planejamento e por último, enfoca a Análise do problema da falta de credibilidade do planejamento.
A reflexão encontra-se no campo da subjetividade, sendo que os obstáculos para a mudança estão tanto no campo subjetivo como no objetivo, enquanto tal, não pode interferir na realidade, nas condições objetivas; os sujeitos é que podem agir – direta ou indiretamente sobre a realidade.
A reflexão tem por função despertar o sujeito, além de capacitá-lo para caminhar. Neste sentido, a reflexão implica na articulação de duas dimensões: O Convencimento para reconstruir o sujeito mediador, despertando o desejo para a consciência se integrar, se motivar para a ação. A Intervenção para construir caminho viável de mediação, projetar objetivos para a ação.

v O que dizem os professores:

Não é possível planejar; do jeito que o planejamento vem sendo feito não funciona; não é necessário planejar. Como entender a descrença do educador em relação ao planejamento?

v Não é possível planejar

Há uma visão de que não da para planejar, porque a realidade da escola não e nada simples e a sala de aula e muito dinâmica (cada dia e cada dia, cada classe e cada classe, cada aula e uma aula...) tudo muda...

v Não há condições

Muitas vezes, o que esta em questão e a percepção da falta de condições mínimas favoráveis para poder se desencadear um processo de planejamento significativo.

v Não há jeito mesmo

Alem disto, há a questão do determinismo enraizado : se somos determinados (por fatores biológicos,sociais,psicológicos, etc.), se não da para mudar mesmo de que adianta planeja?isto nada mais seria que uma enganação,uma alienação, uma perda de tempo..

v É inútil

Esta e com certeza umas das maiores queixas dos professores: sentem que estão submetidos a um ritual que não tem conseqüências na pratica cotidiana da escola, e uma mera formalidade.

5 DUAS GRANDES CORRENTES DO PENSAMENTO

Na história do pensamento humano, a reflexão do homem orbitou em torno de duas grandes correntes: A Metafísica - Parmênides – defendia a estabilidade das coisas, não admitindo as contradições, para ele, a essência profunda do ser era imutável e o movimento (mudança) era um fenômeno de superfície.  A Dialética – Heráclito – admitia o movimento, no qual tudo estava num constante vir-a-ser. A linha de pensamento, metafísica, prevaleceu sobre a dialética de Heráclito. Uma das mais fortes vertentes do pensamento até hoje presente no nosso meio, corrente platônica, é o idealismo metafísico.

5.1 PROCESSO DE ALIENAÇÃO DO PROFESSOR:

O educador como cidadão está inserido num contexto mais amplo de sociedade, sendo, portanto atingido pela alienação imposta devida a toda forma de organização social. Enquanto profissional, participa da alienação midiatizada no conjunto de seu trabalho.
          A situação de alienação se caracteriza pela falta de compreensão e domínio nos vários aspectos da tarefa educativa: ao educador falta clareza com relação à realidade em que ele vive, não dominando, por exemplo, como os fatos e fenômenos chegaram ao ponto em que estão hoje (dimensão sociológica, histórico-processual; falta clareza quanto à finalidade daquilo que ele faz: educação para quê, em favor de quem, contra quem, que tipo de homem e de sociedade formar,etc.(dimensão política, filosófica) e, finalmente, falta clareza quanto à sua ação em sala de aula (dimensão pedagógica).     Efetivamente, faltando uma visão de realidade e de finalidade, fica difícil para o educador operacionalizar alguma prática transformadora, já que não sabe onde está, nem para onde quer ir.

6 (DES)CAMINHOS DO PLANEJAMENTO:

          Vamos analisar agora a questão específica do desgaste do planejamento junto aos educadores, levantando algumas hipóteses para explicá-las.
         
6.1 BREVE RETROSPECTIVA HISTÓRICA

 A atividade de planejar é tão antiga quanto o homem, mas a sistematização do planejamento ocorreu fora do campo educacional, ligada ao mundo da produção e à emergência da ciência da administração (final do séc.XIX).
Ao tratar de planejamento a administração utiliza temos como os objetivos e estratégias, remetendo-se às estratégias de guerra! Considerada como empreendimento que sempre buscou a eficiência...Mas talvez o elemento genealógico mais complicador em termos de alienação do trabalho – em geral e escolar – tenha sido a preconização por Taylor da necessidade de separar a tarefa de planejamento da execução, ou seja, organizar cientificamente o trabalho implicava a distinção radical entre concepção e realização.
Desta forma, esta nova ciência acaba por respaldar e justificar a prática tão antiga de uns conceberem (homens livres) e outro executarem (escravos), fundamentando o planejamento tecnocrático, onde o poder de decisão e controle está nas mãos de técnicos, especialistas e não no próprio agente transformador.
No início do séc.XX, o planejamento vai avançando para todos os setores da sociedade, provocando enorme impacto a partir do seu uso na União Soviética não como simples organização interna a uma empresa, mas como planificação de toda uma economia.

7 LINHAS DE PLANEJAMENTO ADMINISTRATIVO NA ATUALIDADE

Gerenciamento da qualidade total; Planejamento estratégico e Planejamento participativo. Ao analisar a história da educação escolar, percebemos diferentes concepções do processo de planejamento, de acordo com cada contexto sócio-político-econômico-cultura.
A profª.Margot Ott (1984) aponta três grandes concepções que vão se manifestando em diferentes momentos da história do planejamento:

v Planejamento como Princípio prático;
v  Concepção associada à tendência tradicional;
v  Instrumental/Normativo;
v  Tendência tecnicista de educação;
v Planejamento Participativo - fundamentos marcantes nesta concepção:

- consciência;
- intencionalidade;
- participação;

O saber deixa de ser considerado como propriedade dos especialistas, valorizando-se a construção, o diálogo, o poder coletivo local, a formação da consciência crítica a partir da reflexão sobre a prática de mudança. Planejamento, instrumento de intervenção no real para transformá-lo na direção de uma sociedade mais justa e igualitária.

8 NÚCLEO DO PROBLEMA DO PLANEJAMENTO.

Elementos que comprometem o sentido e a força do planejamento:

v Idealismo = tendência de valorizar as idéias em detrimento da prática;

v Formalismo = atividade desprovida de sentido para o sujeito, cumprimento de prazos não discutidos, preenchimento de formulários impostos, adequação a um saber já pronto (técnico);

v Não-Participação = planejamento tido como dispositivo de disciplinamento de professores e alunos, meio de dominação ao invés de liberação. Tal prática de planejamento introduz uma cisão na totalidade humana, tendo em vista que as pessoas não participam dos resultados do próprio trabalho.


9 CONCLUSÃO

O estudo deste capítulo foi muito importante para nós futuros pedagogos refletir sobre o assunto “Planejamento em questão” apresentado por Celso Vasconcellos, pois contribuiu de forma significativa para nossa reflexão e aproveitamento da disciplina “Planejamento educacional”.
 Ficou clara a intenção do autor em nos mostrar que o professor necessita planejar, refletir sobre sua ação antes, durante e depois de sua prática docente, saber de onde partir, onde quer chegar, que sujeito formar e em que sociedade atuar. (GANDIM, 1985).
Foi possível perceber que é normal ter uma certa descrença dos professores, afinal é difícil, cansativo, mas não é inútil como pensam alguns, é necessário.
Apesar de tudo parecer fácil no papel que (aceita qualquer coisa) como diz o autor, as vezes acontece que o professor é seduzido pelas promessas do planejamento, como se através dele tudo pudesse ser resolvido e isso não acontece na rapidez que o professor espera, nem ocorre como ele imaginou que aconteceria, causando assim um desanimo no ato de planejar, o professor cria a ilusão de que não vale a pena.
O sentimento que o professor tem ao encarar o planejamento e ver na prática não é tão fácil quanto no papel é o de decepção, ele finda desacreditando, mas é cobrado e obrigado a continuar planejando, aí ele planeja porque é uma formalidade e isso o faz ser um professor alienado, ele não planeja no sentido que deveria, apenas faz porque é uma prática e acaba fazendo disso algo mecanizado, apenas um método de trabalho.
Por fim ficou claro também que a dinâmica do planejamento é muito complicada, mas isso não dá o direto ao professor de descontar isso nos alunos, portanto, a partir da analise feita neste capítulo, fica clara a necessidade de superar a descrença no planejamento, recuperar seu sentido para buscar alternativas de praticá-lo.


REFERÊNCIAS


VASCONCELOS, Celso dos S. Planejamento. Projeto de Ensino-aprendizagem e Projeto Político-Pedagógico. 21ª Ed.São Paulo: Lebertad, 2010.