O paper caracteriza-se principalmente
pela originalidade, ou seja, as reflexões devem ser mesmo do autor do paper.
Segundo Medeiros (1997, p. 186), [...] “se o autor apenas compilou informações
sem fazer avaliações ou interpretações sobre elas, o produto do seu trabalho
será um relatório e não um paper”.
Espera-se de quem o escreve uma
avaliação e/ou interpretação dos fatos ou das informações que foram recolhidas,
ou seja, o desenvolvimento sintético de um ponto de vista acerca de um tema, de
uma realidade observada, de um texto, uma tomada de posição definida e a
expressão dos conhecimentos de forma original. Para elucidar melhor o conceito
de paper, vale lembrar o que ele não é:
O paper não é:
a) um resumo de um artigo ou livro (ou
outra fonte);
b) idéias de outras pessoas,
repetidas não criticamente;
c) uma série de citações, não importa
se habilmente postas juntas;
d) opinião pessoal não evidenciada,
não demonstrada;
e) cópia do trabalho de outra pessoa
sem reconhecê-la, quer o trabalho seja ou não publicado, profissional ou
amador: isto é plágio (ROTH apud MEDEIROS, 1997, p. 187).
Estrutura
do paper:
a) capa;
b) folha de rosto;
c) sumário;
d) introdução (1° parágrafo):
objetivo, delimitação;
e) desenvolvimento: posicionamento,
avaliação, reflexão. do autor do paper em relação ao texto/realidade/tema; f)
conclusão (último parágrafo): síntese concisa das principais idéias defendidas
no desenvolvimento do trabalho; g) referências.
1.1
-
Paper – comunicação científica
A comunicação científica define-se
como a informação que se apresenta em congressos, simpósios, reuniões,
academias, sociedades científicas. Em tais encontros, os trabalhos realizados
são expostos em tempo reduzido. A finalidade do paper tipo comunicação científica
é fazer conhecida a descoberta e os resultados alcançados com a pesquisa,
podendo fazer parte de anais.
Em geral, as comunicações científicas
não permitem a reprodução total da experiência realizada e levam em
consideração os seguintes elementos: finalidade, informações, estrutura,
linguagem e abordagem.
A estrutura da comunicação científica
(paper), para apresentação oral, engloba: -introdução: formulação do tema,
justificativa, objetivos, metodologia, delimitação do problema, abordagem e
exposição exata da idéia central;
-desenvolvimento: inclui exposição
detalhada do que se disse na introdução e fundamentação lógica das idéias
apresentadas; -conclusão: busca uma síntese dos resultados da pesquisa. A
estrutura da comunicação científica escrita, para Medeiros (1997, p. 180), com
as adaptações que se fazem necessárias, pode ser esta: a) capa; b) folha de
rosto: que engloba o nome do congresso (ou evento), local do evento, data,
título do trabalho, nome do autor, credenciais do autor; c) resumo: síntese do
trabalho. Pode aparecer entre o título e o texto, ou ao final do trabalho; d)
conteúdo: introdução, desenvolvimento, conclusão (Conforme a apresentação
oral); e) referências.
1.2
- Position paper
A realidade e a educação moderna não
podem aceitar mais aquele aluno que simplesmente decora textos para tirar notas
boas e que simplesmente reúne um amontoado de idéias de outros autores.
Pelo contrário, hoje, exige-se que um
aluno saiba ler e interpretar, mas que, sobretudo, também questione e se posicione
diante da realidade e do que é dito e apresente suas próprias idéias. Isso é
sinal de maturidade intelectual.
É nessa linha de raciocínio que se
situa o position paper. Através dele, o educando desenvolve sua capacidade de
reflexão e criatividade diante do que está escrito (livro, artigo, revista,
jornal, etc.), diante do que é apresentado (palestra, congresso, seminário,
curso, etc.) e também diante do que pode ser observado numa realidade (empresa,
projeto, entidade, viagem de estudos, etc.).
É bom acentuar que não se trata de um
relatório ou resumo. É uma reflexão original, em que o educando deixa de ser um
receptor passivo e passa a ser um sujeito crítico e ativo na construção de
novos conhecimentos.
Como a própria palavra pressupõe, o
position paper é uma “posição”, do próprio autor, mas é também o posicionamento
de outros autores sobre o assunto. Por isso, este tipo de trabalho exige uma
revisão bibliográfica, ou seja, a pesquisa de estudos já efetuados por outros
autores. A estrutura do position paper pode ser assim disposta: a) capa; b)
folha de rosto; c) sumário; d) introdução: objetivo, delimitação, metodologia;
e) revisão bibliográfica: sobre o assunto (no mínimo dois outros autores); f)
reflexão e posicionamento: do autor sobre o assunto; g) conclusão; h)
referências.
1.3
- Short paper ou issue paper
A própria tradução destes termos já
oferece uma base conceitual para este tipo de trabalho: pequeno, conciso,
problema crucial, questão, tema. Para entender melhor, basta pegar um exemplo
prático: diante de um texto ou realidade observada, sempre ou quase sempre
aparecem certas singularidades ou partes mais específicas, o que significa
afirmar que se pode discorrer apenas sobre uma destas partes.
A decisão sobre qual ponto específico
abordar pode ser definida pelo professor, que pode, também, deixá-la a critério
do aluno.
Deve ficar evidente, no entanto, que
o fato de o short paper ou issue paper ter uma abrangência menor em termos de
abordagem, não significa dizer que o conteúdo deva ser tratado com menor
profundidade. Pelo contrário: a delimitação do tema propicia o aprofundamento
do conteúdo.
Estrutura
do short paper ou issue paper:
a) capa;
b) folha de rosto;
c) introdução (1° parágrafo):
objetivo, delimitação (nesta é muito importante situar o objeto específico de
reflexão dentro do contexto geral em que esta foi delimitada); d)
desenvolvimento: posicionamento, avaliação, questionamento do autor em relação
ao ponto específico que foi abordado; e) conclusão (último parágrafo): síntese
concisa das principais idéias defendidas no desenvolvimento do trabalho;
f) referências.
Créditos: Monografia Online
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