Por
Valdineia Barreto Coelho.
Os
funcionários da educação vivenciaram grandes dificuldades até seu
reconhecimento e ainda há muito a ser feito, falta até mesmo a identidade
desses funcionários, afinal, ficou claro que a denominação “funcionários das
escolas públicas” precisa ser mais precisa, mas talvez isso seja uma conquista
futura.
Um ponto
interessante e que precisa ser considerado, é a questão da formação continuada,
afinal, embora os funcionários da educação tenham a formação em cursos técnicos
ou tecnológicos, ainda há muito conhecimento a ser mediado, a aprendizagem deve
ser constante, pois a relação com o meio, os sujeitos e as informações estão em
constante evolução, o que nos arremete a uma questão: quando o funcionário da
escola já sabe o suficiente?
A
identidade dos “funcionários de escola” traz a pauta uma discussão importante, uma
vez que durante sua formação nos cursos técnicos do Programa Profuncionário
precisam ser capacitados para uma atuação de qualidade nas escolas em que
atuam.
Ao conhecer
a trajetória desses funcionários até a atualidade é possível ver algumas vitórias,
mas há um imenso abismo entre a profissionalização que eles possuem e a que
merecem, assim como o reconhecimento deste ainda deixa muito a desejar, não
apenas pela questão da nomenclatura inapropriada, mas por outros requisitos
básicos a estes profissionais.
É
necessário focar mais a identidade destes profissionais, para que o exercício
de tutoria corresponda aos objetivos do profissional, isso bastante válido,
principalmente com uma questão importante: “quem são os funcionários da
educação?”.
As uniões
entre sindicatos e educadores contribuiu para que a formação dos profissionais
fosse realidade. Isso é realmente intrigante, porque ficou explicito que essa
conquista não se deu por nenhum projeto, mas pela união entre funcionários e
professores, mostrando a estreita relação entre ambos.
Os
funcionários das escolas se “sentiram educadores”, foi esse sentimento que
despertou a motivação pelas lutas e unificação dessa categoria, isso é
realmente bastante inspirador, afinal, não há como não se sentir “sujeito da
história”, como Pedagogos e funcionários de escola foram apenas “um” na
conquista por melhores condições de trabalho.
Embora haja
muitas conquistas, há certa polêmica que não pode deixar de ser criticada, como
o fato de o MEC (Ministério da Educação) atribuir as melhoras no índice do IDEB
apenas ao aluno e professores, fazendo isso, o MEC desvaloriza o funcionário da
escola, e o maltrata.
Os
funcionários da educação são parte do ensino, eles não apenas alimentam os
alunos, eles se envolvem com iniciativas como alimentação saudável, dentre
outras ligações diretas com o bem estar desses alunos e isso, claro, influi no
ensino-aprendizagem.
Os
funcionários da escola ainda precisam conquistar o que os professores
conquistaram: um piso salarial, afinal, há determinada semelhança na luta dos
educadores e dos profissionais da educação. É necessário que haja um salário
mais justo a suas funções e dignidade, contudo, para tal, seria necessário uma
lei federal que determinasse um piso salarial para estes funcionários.
Até que
mais conquistas sejam realidade, a única alternativa é esperar que cada vez
mais os funcionários da escola sejam capazes de desenvolver suas funções na
escola, e que possam contribuir cada vez mais com o ensino ofertado nas escolas
públicas.
Sugestão de referências deste artigo.
COELHO, Valdineia Barreto. A
identidade dos Funcionários da Educação: experiências e conquistas.
Porto Velho: Universo Pedagogia, 2015. Disponível em: >http://www.universopedagogia.com/2015/09/a-identidade-dos-funcionarios-da.html<
Acesso em: __/__/__ às 00h:00min.
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