Imagem via: gestaoescolar.abril.com.br/ |
Por Valdineia Barreto.
A Prática Profissional Supervisionada (PPS) é muito importante, afinal, se
refere a ponderação dos aspectos referente a formação em serviço que alunos,
neste caso, os profissionais da educação vivenciam por meio dos cursos do
Profuncionário.
A PPS não se trata de elementos avaliativos aleatórios, pois são
embasados na legislação e nos princípios filosóficos, políticos e pedagógicos
que sustentam a formação dos Técnicos em Educação.
A PPS é o procedimento avaliativo do Profuncionário mais apropriado para
avaliar a aprendizagem do cursista, por isso, conhecer os instrumentos e
critérios de avaliação utilizados na PPS é imprescindível, afinal, o papel do
tutor é acompanhar o aluno nesse processo, por isso, requerem 4 princípios que
evidenciam os norteamentos que devem ser seguidos, seja de caráter processual,
participativa, dialógica ou emancipatória.
O espaço conquistado pelos funcionários da educação vai muito além
apenas da atuação convencional e vão à atuação e prática “profissional” no
sentido de estar preparado/capacitado, pois existe uma seriedade por parte
desses funcionários e sua importância para a educação é obviamente, inegável.
Cabe mencionar ainda a desmistificação de que o cursista da EAD não é
bem preparado porque a modalidade só prevê aparato teórico, quando na verdade,
conforme visto no Caderno C (na Unidade três) os cursistas experimentam a
prática profissional durante os Estágios nos Cursos de Formação, neste caso em
específico, o curso Profuncionário.
No ato de
leitura do material, vídeos e aulas, notei aspectos fundamentais para uma boa
avaliação e isso, sem falar na menção de erros comuns não apenas da educação a
distância, mas da educação presencial também, que é a avaliação como algo
negativo e temido, acredito que a avaliação não pode ser feita ou vivenciada
como a “grande vilã”, ao avaliar o tutor não
deve julgar o relatório do cursista e sim fazer uma análise diagnóstica
e ainda, não fazer uma avaliação classificatória e sim emancipatória, pois
somente dessa forma é possível alcançar a construção da autonomia desses alunos
em sua prática profissional nas escolas.
Analisar os
instrumentos de avaliação tem um papel muito importante para o tutor, pois
avaliar é uma tarefa muito delicada e exige determinados cuidados, e deve ser
feita a relação de cada conhecimento obtido nesse curso de formação e
estabelecer não apenas a relação entre as atividades de tutoria expressas nos
materiais anteriores, mas ver a PPS como parte integrante do processo de
ensino-aprendizagem.
Existe uma
harmonia entre todas as abordagens estudadas, de modo que as informações se complementam.
Isso deve ficar claro pelas relações entre os instrumentos: “Memorial, Ficha, Relatório”
e a PPS.
Portanto, o
planejamento é uma prática pedagógica muito importante na PPS, afinal, é
necessário haver um plano de atividades de PPS e esse plano precisa ter
elementos básicos tal qual todo planejamento escolar, como por exemplos, os
objetivos, as ações, as pessoas envolvidas, os recursos necessários, o período e
local de sua realização, o tempo despendido para realização das atividades (carga
horária) e principalmente os critérios de avaliação desse plano de atividades
da PPS.
Como toda a aprendizagem
é feita por meio de ensino dirigido, evidentemente essas atividades precisam
ser avaliadas e comprovadas, o formulário de registo permite que o cursista do
curso Profuncionário participe e colabore, pois o cumprimento da carga horário
das atividades é obrigatório, e contribui para a organização e comprovação de
que as atividades foram feitas.
Nesse caso, o tutor
precisa conhecer o formulário e sua participação nele, seja registrando como
supervisor (a), seja assinando, ao tutor ou quem exerce a função de supervisor
(a) da PPS cabe a administração e efetivação do cumprimento da carga horário
dos funcionários da escola durante a PPS.
Quanto ao
instrumento de avaliação, o relatório não poderia ser mais adequado a função de
avaliar de forma diagnóstica e emancipatória os cursistas do Profuncionário,
contudo o relatório é um instrumento que precisa ser construído de forma que
denotem a aprendizagem dos estudantes, suas dificuldades e principalmente, o
aproveitamento destes durante o curso, afinal, os relatos de experiências são
capazes de evidenciar o crescimento desses alunos, o potencial de aprender e ainda,
as lacunas que precisam ser preenchidas para a integralidade do conhecimento e
aperfeiçoamento da prática desses sujeitos nas escolas.
Alguns
riscos envolvendo o estágio dos funcionários da escola precisam ser
considerados, sabe-se que há relatos de alguns erros durante a prática
profissional que não favorecem o aproveitamento dos funcionários da escola na
PPS e, portanto, não trazem nenhuma mudança positiva em sua atuação diária na
escola. Assim sendo, essa falha no aproveitamento da prática profissional
supervisionada na formação dos funcionários, se dá por duas razões:
Primeiro, porque muitas vezes achamos que, “na prática, os funcionários
já estão formados, competentes para exercer suas funções”. E que só faltaria
uma formação em conhecimentos, uma “ilustração técnica e pedagógica”, uma
conscientização que lhes desenvolvesse a autoestima. Portanto, seria só “reconhecer” os serviços prestados
– que ultrapassam em muito as 300 horas requeridas burocraticamente. Quando
muito, poderiam ser oferecidas atividades para troca de experiências ou
“enriquecimento dos horizontes tecnológicos” (REDE ETEC BRASIL, 2015, p. 30).
Os tutores podem somar na luta para a transformação
da prática dos funcionários da escola, pois podem contribuir através do curso
Profuncionário, com a transformação da escola, do sistema de ensino, esse é com
certeza um objetivo comum de todo professor que acredita na educação, mas não
perde o sentido na EAD e no Profuncionário. Com certeza, desejar o mais alto
patamar para os funcionários da escola, não é sonhar alto demais, é acreditar
que se cada um fizer sua parte, é possível ir, muito longe.
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