“Seja prudente com a novidade. Nunca a procure por ela mesma, mas pela melhoria que poderá proporcionar ao seu trabalho e à sua vida. Essa melhoria depende tanto de você como da própria novidade”.(Celso Antunes)
Segundo Yared (2002) e tendo como base as atuais orientações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), no que se refere ao Ensino Fundamental, deve-se ter claro que os materiais didático pedagógicos necessitam estar em acordo com as finalidades previstas para esse segmento de ensino.
Outro aspecto de igual importância refere-se ao fato de “se garantir que os diferentes temas/ assuntos que venham a ser trabalhados se relacionem com o universo amplo ou particular de diferentes sujeitos sociais”.
Ainda, Yared acredita que os professores precisam utilizar metodologias que, de forma permanente, estimulem a pesquisa, a experimentação e a resolução de problemas, uma vez que tais condições podem ser decisivas tanto para a construção/reconstrução de conhecimentos quanto para a mobilização de diversas competências cognitivas superiores.
Os recortes de conteúdos devem estar vinculados de forma intencional e permanente ao viver em sociedade dos educandos, pesquisando e selecionando temas que sejam significativos dentro da realidade social do aluno.
Geralmente, o objetivo das pesquisas sobre a ludicidade no ensino é, sobretudo, fazer com que os professores repensem suas práticas discursivas, transmissoras de informações, ainda tão evidente nas escolas brasileiras, e que possam ser competentes pesquisadores de forma a adotarem uma postura mediadora ante a produção de conhecimento.
Como bem afirma Freire (1996), “não há ensino sem pesquisa nem pesquisa sem ensino”, ou seja, o professor precisa o tempo todo, de forma crítica e seletiva, estar buscando novos conhecimentos, precisa ousar, correr riscos, para que efetivamente haja educação.
A presente pesquisa pretende proporcionar aos professores sugestões de atividades lúdicas nas áreas de leitura, escrita, ortografia e gramática, possibilitando aos alunos o uso e a reflexão sobre língua e linguagem.
A avaliação tradicional neste momento não será questionada e continuará valendo como processo final realizado para obtenção de resultados, porém não será a única, e caberá ao professor direcioná-la, já que este precisará levar em consideração aspectos como série, conhecimento pleno do grupo, metodologia, espaço físico, tempo, dentre outros.
A seguir, serão apresentadas algumas vivências de como o professor pode estar desenvolvendo uma pesquisa baseada em jogos e atividades lúdicas, e que efetivamente possam auxiliar na aprendizagem, tornando-a mais prazerosa.
BRINCADEIRAS INFANTIS
Baseado nas sugestões de Yared; Barbosa; e Leite (2002), apresenta-se a seguir uma proposta de debate e produção de texto, para turmas de 5ª e 6ª séries, que consiste basicamente na escolha de um texto, de título Brincadeiras Infantis, assunto familiar ao universo da criança:
Por todo o País são inúmeras as brincadeiras apreciadas pelas crianças, elas demonstram as características sociáveis, onde procuram outras crianças com o intuito de se divertir, resta salientar que, na maioria das brincadeiras, há restrições quanto às regras estabelecidas pelas próprias crianças, ou seja, em algumas brincadeiras, apenas os meninos podem brincar com meninos e, em outras, apenas as meninas podem brincar com meninas. As características da expressividade e senso lúdico das crianças são bastante trabalhadas nessas brincadeiras. O que mais é valorizado é a participação da criança que quer brincar, entre as diversas brincadeiras estão: Gudes, Pipas, Pião, Ciranda, Cantiga de Roda, Amarelinha, Esconde-Esconde, dentre outras.
Partindo do texto exposto anteriormente ou de um outro texto similar, o professor pode sugerir atividades tais como:
- Relembrar com os alunos algumas brincadeiras que são comuns na infância, e em várias regiões brasileiras como o esconde-esconde, o passa-anel, os jogos de sorte, o pega-pega, dentre outras.
- Solicitar à turma que se dividam em grupos para debaterem o tema e compartilharem experiências.
- Solicitar aos alunos que escrevam um texto no qual expliquem as regras da brincadeira escolhida, determinando objetivos a serem atingidos e regras por ordem de importância, evitando repetições de expressões do tipo: aí, daí, então e etc.
- Pedir que troquem os textos entre os grupos, reelaborando-os caso seja necessário.
- Entregar a produção ao professor para que ele faça os comentários devidos.
· Quando couber, o professor pode aproveitar, também, para atividades de gramática, ortografia e leitura.
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