Por Valdineia Barreto
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devidas referências aos autores.
Sugestão de referências:
COELHO, Valdineia Barreto. Alienação no cotidiano escolar: O
professor alienado. Porto Velho: Universo Pedagogia, 2014. Disponível em:
<http://www.universopedagogia.com/2014/12/alienacao-no-cotidiano-escolar-o.html>.
O
que é alienação?
Para obter uma visão mais ampla sobre o que é a alienação é
necessário analisar pelo menos três conceitos que abordam esse processo. Para Marx
(1983), a alienação humana está relacionada a falta de objetivos em alcançar alguma
meta. Foi o primeiro teórico a abordar o termo que surgiu no contexto do
processo de produção da época. Max afirma que a alienação ocorre há uma relação
do processo de produção que impede e constrange a realização do trabalho como
“objetivação”, ou seja, como realização da natureza humana.
Fromm (1983, p. 50) afirma que:
O conceito do
homem ativo e produtivo, que compreende e controla o mundo objetivo com suas próprias
faculdades, não pode ser plenamente entendido sem o conceito de negação da
produtividade: a alienação.
No cotidiano escolar, a alienação é definida por Vasconcelos
(2003), como sendo o processo de desinteresse do professor ou a dificuldade de
ver significado no quer fazer pedagógico, ou seja, não há participação ativa do
professor nos métodos de ensino, definidos pelo autor como “metodologia passiva”,
neste caso, a aula não é envolvente.
Quando o
professor não tem compreensão do seu trabalho na complexidade que implica, está
alienado do seu quefazer pedagógico: foi expropriado do seu saber, situação
esta que o desumaniza, deixando-o à mercê de pressões, de ingerências, de
modelos que são impostos como “receitas prontas”, impossibilitando um trabalho
significativo e transformador, levando-o ao desgaste, ao desanimo... Analogamente
ao operário na fábrica, que não mais domina o seu fazer como artesão dominava,
encontra-se o professor em relação à sua atividade pedagógica. (VASCONCELLOS, 2004,
p. 25).
Portanto, o professor alienado é aquele está alienado pela
falta de compreensão e domínio nos vários aspectos da tarefa educativa: ao
educador falta clareza com relação à realidade dos alunos, falta clareza quanto
à sua ação em sala de aula.
Assim, falta uma visão de realidade e de finalidade, fica
difícil para o educador operacionalizar alguma prática transformadora, já que
não sabe onde está, nem para onde quer ir.
O ato de planejar é muito importante e inclui tanto a
previsão das atividades didáticas em termos da sua organização e coordenação em
face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do
ensino.
Quanto a receita pronta, a submissão do docente somente as
orientações do livro didático é um exemplo. Ao invés de planejar uma aula
segundo o perfil dos alunos, ele utiliza o livro didático que normalmente é
alheio à realidade do aluno, é uma receita pronta e segue um currículo geral a
partir de modelos impostos e não flexibilizado para ter significado para o
aluno.
REFERÊNCIAS
COELHO,
Valdineia Barreto. Alienação no
cotidiano escolar: O professor alienado. Porto Velho: Universo Pedagogia,
2014. Disponível em: <http://www.universopedagogia.com/2014/12/alienacao-no-cotidiano-escolar-o.html>.
FROMM,
Erich. O Conceito Marxista do Homem.
8ª edição, Rio de Janeiro, Zahar, 1983.
MARX,
Karl. Manuscritos Econômico Filosóficos. In: FROMM, Erich. O Conceito Marxista
do Homem. 8ª edição, Rio de Janeiro, Zahar, 1983.
VASCONCELLOS,
Celso dos S. Coordenação do Trabalho
Pedagógico: do projeto político-pedagógico ao cotidiano da sala de aula, 4a
ed. São Paulo, Libertad, 2003.
VASCONCELLOS,
Celso dos S. Coordenação do Trabalho
Pedagógico: do projeto político-pedagógico ao cotidiano da sala de aula, 4a
ed. São Paulo, Libertad, 2004.
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