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11 dezembro 2014

Alienação no cotidiano escolar: O professor alienado.


Por Valdineia Barreto

Este artigo foi escrito para este site, mas pode ser reproduzido de forma parcial ou total desde que haja as devidas referências aos autores.

Sugestão de referências:

COELHO, Valdineia Barreto. Alienação no cotidiano escolar: O professor alienado. Porto Velho: Universo Pedagogia, 2014. Disponível em: <http://www.universopedagogia.com/2014/12/alienacao-no-cotidiano-escolar-o.html>.

O que é alienação?

         Para obter uma visão mais ampla sobre o que é a alienação é necessário analisar pelo menos três conceitos que abordam esse processo. Para Marx (1983), a alienação humana está relacionada a falta de objetivos em alcançar alguma meta. Foi o primeiro teórico a abordar o termo que surgiu no contexto do processo de produção da época. Max afirma que a alienação ocorre há uma relação do processo de produção que impede e constrange a realização do trabalho como “objetivação”, ou seja, como realização da natureza humana.
         Fromm (1983, p. 50) afirma que:

O conceito do homem ativo e produtivo, que compreende e controla o mundo objetivo com suas próprias faculdades, não pode ser plenamente entendido sem o conceito de negação da produtividade: a alienação.

         No cotidiano escolar, a alienação é definida por Vasconcelos (2003), como sendo o processo de desinteresse do professor ou a dificuldade de ver significado no quer fazer pedagógico, ou seja, não há participação ativa do professor nos métodos de ensino, definidos pelo autor como “metodologia passiva”, neste caso, a aula não é envolvente.

Quando o professor não tem compreensão do seu trabalho na complexidade que implica, está alienado do seu quefazer pedagógico: foi expropriado do seu saber, situação esta que o desumaniza, deixando-o à mercê de pressões, de ingerências, de modelos que são impostos como “receitas prontas”, impossibilitando um trabalho significativo e transformador, levando-o ao desgaste, ao desanimo... Analogamente ao operário na fábrica, que não mais domina o seu fazer como artesão dominava, encontra-se o professor em relação à sua atividade pedagógica. (VASCONCELLOS, 2004, p. 25).

         Portanto, o professor alienado é aquele está alienado pela falta de compreensão e domínio nos vários aspectos da tarefa educativa: ao educador falta clareza com relação à realidade dos alunos, falta clareza quanto à sua ação em sala de aula.

         Assim, falta uma visão de realidade e de finalidade, fica difícil para o educador operacionalizar alguma prática transformadora, já que não sabe onde está, nem para onde quer ir.

         O ato de planejar é muito importante e inclui tanto a previsão das atividades didáticas em termos da sua organização e coordenação em face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do ensino.

         Quanto a receita pronta, a submissão do docente somente as orientações do livro didático é um exemplo. Ao invés de planejar uma aula segundo o perfil dos alunos, ele utiliza o livro didático que normalmente é alheio à realidade do aluno, é uma receita pronta e segue um currículo geral a partir de modelos impostos e não flexibilizado para ter significado para o aluno.

REFERÊNCIAS

COELHO, Valdineia Barreto. Alienação no cotidiano escolar: O professor alienado. Porto Velho: Universo Pedagogia, 2014. Disponível em: <http://www.universopedagogia.com/2014/12/alienacao-no-cotidiano-escolar-o.html>.

FROMM, Erich. O Conceito Marxista do Homem. 8ª edição, Rio de Janeiro, Zahar, 1983.

MARX, Karl. Manuscritos Econômico Filosóficos. In: FROMM, Erich. O Conceito Marxista do Homem. 8ª edição, Rio de Janeiro, Zahar, 1983.

VASCONCELLOS, Celso dos S. Coordenação do Trabalho Pedagógico: do projeto político-pedagógico ao cotidiano da sala de aula, 4a ed. São Paulo, Libertad, 2003.


VASCONCELLOS, Celso dos S. Coordenação do Trabalho Pedagógico: do projeto político-pedagógico ao cotidiano da sala de aula, 4a ed. São Paulo, Libertad, 2004.

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