CURSO DE PEDAGOGIA 1° PERÍODO
ANA MARIA
ELANE GUALAÇUA
ELIANE ALVES
FABRÍCIO MIRANDA
ROGÉRIO GOMES
VALDINEIA BARRETO
EMOÇÃO:
O QUE JÁ SE SABE A RESPEITO E A IMPORTÂNCIA DAS PESQUISAS NESSA ÁREA
PORTO VELHO/RO
2010
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ANA MARIA
ELANE GUALAÇUA
ELIANE ALVES
FABRÍCIO MIRANDA
ROGÉRIO GOMES
VALDINEIA BARRETO
Trabalho elaborado de acordo com seminário que tem como pré-requisito para nota Parcial da disciplina de psicologia infantil fornecido pela professora Ariene Patrícia do curso de pedagogia 1º período apresentado à Faculdade Metropolitana-UNNESA.
PORTO VELHO/RO
2010
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AGREDECIMENTOS
À Deus, autor de todas as emoções existentes e que possibilita que sejam desfrutadas sem qualquer distinção ou acepção de pessoas.
À professora Ariene Patrícia pela oportunidade dada a todos nós de conhecer um pouco mais sobre esse assunto tão importante para nós professores que estaremos ingressando na educação em breve e também agradecemos pela sua contribuição para nós como pessoa, como indivíduos.
À todos nós pela paciência, se reunir e trabalhar em grupo não é tarefa fácil, nem todos pensamos iguais, mas colocamos um pouco das ideologias de cada um de maneira centrada e inteligente, esperamos.
E a todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para este trabalho.
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“Sobre o amor e o desamor, sobre a paixão... Entre a razão e a emoção eu escolhi você. Quem de nós vai mudar realmente o que quer?
(Catedral)
“O que não se pode explicar aos normais”
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INTRODUÇÃO
Entender a emoção não é tarefa fácil, mas vamos tentar. Como sabemos que estamos emocionados? Pelas sensações e movimentos que nosso corpo produz: dor de barriga, um “frio no estômago”, chorar, rir sem parar, taquicardia, tremer, desmaiar, perder a voz, ficar “branco que nem cera” ou “vermelho de raiva...”. No estudo etimológico da palavra descobrimos que emoção se origina de duas outras palavras do latim – ex movere – que significam em movimento. Faz sentido? Se nosso corpo se movimenta quando nos emocionamos, então faz sentido. Mas o que é emoção? O que já se sabe a respeito disso? Qual a importância das pesquisas nessa área?
Perguntas como essas serão respondidas de acordo com algumas teorias sobre a emoção, não só no ramo da Psicologia, mas também na área da Fisiologia, que estuda como as emoções ocorrem no cérebro, alguns conceitos, algumas idéias, pois muitos estudiosos, anteriores ao século XX já se preocupavam com a emoção e seus efeitos sobre o comportamento humano. Desde a Grécia Antiga e até meados do século XIX, filósofos e psicólogos acreditavam que as emoções eram instintos básicos que deveriam ser controlados sob pena do homem ter sua capacidade de pensar seriamente afetada. No século XX, as investigações produzidas sobre a emoção nos levaram a um outro olhar e entendimento.
Os cientistas despertaram para o fato de não só se emocionar, mas compreender e estar consciente de suas emoções era uma qualidade que permitia ao ser humano desenvolver a capacidade de melhor se relacionar no e com o mundo. Mas por quê a Psicologia se preocupa com as emoções? Estudar o comportamento humano é o objetivo maior desse seminário. Portanto entender porque nos emocionamos e de que maneira a emoção influencia nosso comportamento, faz parte dos objetivos desse trabalho.
O objetivo desse seminário é expor para o acadêmico de pedagogia, o quanto é importante os estudos sobre a emoção, afinal esse estudo deve facilitar o trabalho do pedagogo, principalmente os que vão trabalhar na educação infantil, pois as crianças são mais emotivas, são mais sensíveis à tudo o que está ao seu redor e não tem vergonha de expressar suas emoções.
O pedagogo no exercício da sua profissão pode se deparar com algumas situações e dependendo da sua preparação pode deixar que suas emoções falem mais alto que sua razão. Um aluno em sala de aula, uma criança para ser mais característico que tenha perdido algum membro da família, ainda não entende o processo da morte, e isso o deixa com medo, com dúvidas, com raiva, com depressão. Os conhecimentos que o pedagogo possuir sobre a emoção pode auxiliar no seu relacionamento e até mesmo a controlar suas emoções, a ajudar algumas crianças a expressar suas emoções. O ideal mesmo é que o professor possa lidar com suas próprias emoções para então poder ajudar às outras pessoas à sua volta.
Usou-se a metodologia de pesquisa. Utilizou-se também a metodologia de pesquisa de campo na qual, cada acadêmico entrevistou pessoas de diferentes idades e fez as seguintes perguntas: O que é emoção para você? O que mais te emociona? Você tem dificuldade para expressar suas emoções? Você se considera uma pessoa emotiva?
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A EMOÇÃO
Procurando nos dicionários o significado da palavra emoção, encontramos que ela é derivada da palavra latina emovere e significa ato de deslocar, perturbação e agitação. Nos livros de Psicologia em geral ela é definida como “afetos e reações desordenadas que se manifestam em nós quando no nosso ambiente se opera alguma transformação radical e repentina à qual não nos podemos adaptar imediatamente” Medo, cólera, alegria e tristeza são emoções.
ASPECTOS FISIOLÓGICOS DA EMOÇÃO
A psicofisiologia estuda a base fisiológica das funções motoras especialmente no que se refere aos reflexos, à postura, ao equilíbrio, à coordenação motora e ao mecanismo de execução dos movimentos. O prazer, a euforia, a tristeza, o desânimo, a depressão, o medo, a ansiedade, a raiva, a calma, o desânimo, a alegria… são emoções comuns no nosso dia-a-dia e são elas que conduzem e influenciam nossas ações. Não precisamos ser neurocientistas para saber disso. E por serem tão complexas, já era de se esperar que a fisiologia delas também seja complexa e envolva uma série de estruturas e áreas do cérebro.
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Os fisiologistas têm estudado as alterações corporais que se dão durante as emoções. São muito conhecidos os importantes estudos realizados pelo fisiologista Americano W. B Cannon, da Universidade Harvard. De seus estudos Cannon concluiu que existe relação entre as emoções e o sistema nervoso autônomo, o qual regula a circulação, a respiração, a digestão e a atividade glandular. Cannon demonstrou também a importância das glândulas supra-renais na emoção.
Ele colocou um gato durante 5 minutos diante de seu inimigo natural que é o cão. Em seguida o gato apresentou intensas manifestações de cólera. Examinando o sangue do gato (sangue que Cannon extraiu bem próximo às glândulas supra-renais), antes e depois da experiência verificou que houve, durante a cólera, grande secreção de adrenalina (Hormônio produzido pela substância das glândulas supra-renais.
TEORIA DA EMERGÊNCIA DAS EMOÇÕES DE CANNON.
Também nas emoções de medo e de dor intensa há maior produção de adrenalina, a qual é lançada na corrente sanguínea. Esse hormônio faz com que o açúcar armazenado no fígado seja levado pelo sangue aos músculos dos braços e pernas, aumentando a energia dos mesmos.
A D R E N A L I N A | Evita a fadiga muscular |
Eleva a pressão sanguínea | |
Acelera o ritmo cardíaco. | |
Acelera a coagulação do sangue (em casos de ferimento) |
Tabela 01. Autor: Rogério Gomes (Tabela ilustrativa do hormônio “adrenalina”) “elaboração própria”
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Segundo Cannon as funções da adrenalina auxiliam a enfrentar emergências. Algumas vezes, uma pessoa perseguida por um toro raivoso admira-se de ter saltado uma cerca alta, o que não teria conseguido sem o auxílio da adrenalina.
FUNÇÕES DA ADRENALINA NA EMOÇÃO | Auxiliam a enfrentar emergências. |
É importante para sobrevivência em situações que ameaçam a vida. | |
Preparam para um esforço mais intenso |
Tabela 02. Autor: Valdineia Barreto (ilustração das funções da Adrenalina. “elaboração própria”
CÓRTEX
As emoções são conscientes, todos sabemos quando estamos apaixonados, quando nos recusamos a subir na montanha-russa, quando queremos ficar sozinhos sem falar com ninguém. Logo, o córtex frontal está envolvido nas emoções.
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Quem nunca sentiu o coração disparar depois daquele tropeção, ou sentiu a respiração ficar mais rápida ao se aproximar da pessoa amada, ou suou frio diante daquele cachorrinho “bonzinho”. Acho que nem precisamos explicar o envolvimento do sistema nervoso autônomo nesse caso.
HIPOTÁLAMO
É nele que estão muitos dos circuitos neuronais que regulam a temperatura, a freqüência cardíaca, a pressão sangüínea e muitas outras funções. Ele regula tudo isso através do Sistema Nervoso Autônomo citado acima.
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A EMOÇÃO COMO FORMAS DE ATITUDES
Dicotomia emocional/racional: Aproxima-se da distinção que popularmente é feita entre “coração” e “cabeça”. Há uma acentuada gradação na proporção entre controlo emocional da mente; quanto mais intenso é o sentimento mais dominante é a mente emocional e mais intelectual a racional. Estas duas mentes, racional e emocional, na maior parte do tempo operam em estreita harmonia, entrelaçando-se, ou seja, há um equilíbrio entre estas duas vertentes, mas mantendo-se sempre como faculdades semi-independentes, cada uma refletindo o funcionamento de circuitos distintos, embora interligados do cérebro.
As ligações neurológicas entre o cérebro racional e o cérebro emocional haviam sido afetadas. A ausência de sentimentos pode conduzir a um comportamento desajustado, irracional, acarretando por isso sérios problemas na vida social das pessoas.
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DIVISÃO E CARACTERÍSTICA DE ALGUMAS EMOÇÕES
As emoções podem dividir-se em forma de atitudes que as distinguem. As emoções seguintes são apenas alguns exemplos do que ocorre no nosso cérebro a quando de certas emoções:
RAIVA | Quando alguém se sente enraivecido toma atitudes violentas como, por exemplo, disparar um tiro sobre alguém. A adrenalina entre outras hormonais é segregada pelos fortes batimentos cardíacos que levam o indivíduo a estas atitudes violentas. |
AMOR | Os sentimentos de afeição e satisfação sexual implicam estimulação parassimpática, que, ao contrário dos outros exemplos provoca um estado geral de calma e satisfação, facilitando a cooperatividade em vez de fugir ou defender-se. |
MEDO | O sangue nesta situação corre para todos os músculos mais rapidamente permitindo a fuga e movimentos rápidos. No entanto, o corpo imobiliza-se ainda que por um espaço de tempo muito breve, talvez para permitir ao indivíduo a possibilidade de pensar em agir ou fugir. O corpo fica pronto para agir em alerta permanente. |
FELICIDADE | Inibe o aparecimento de sentimentos negativos e favorece o aumento da energia existente. No entanto não ocorre nenhuma mudança particular na fisiologia, a não ser uma tranqüilidade que faz com que o corpo se recupere rapidamente do estímulo causado por emoções perturbadoras. Este estado de tranqüilidade dá ao indivíduo uma predisposição para executar com entusiasmo e motivação qualquer tarefa que surja. |
TRISTEZA | Surge quando de uma grande perda como a morte de alguém ou decepção significativa. A tristeza acarreta uma perda de energia e de entusiasmo pelas atividades da vida, em particular por diversões e prazeres. Quando a tristeza é profunda aproxima-se de depressão, a velocidade metabólica do corpo fica reduzida. Esse retraimento introspectivo cria a oportunidade para que surja lentamente uma perda ou frustração. |
Tabela: 03. Autor: Valdineia Barreto Coelho. (Texto de Regina Célia de Souza) “elaboração própria”
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EXPRESSÃO DAS EMOÇÕES
Julgamos muito as emoções alheias pelas expressões fisionômicas e pelos gestos. Parece fácil compreender, no semblante de uma pessoa, a cólera ou a surpresa; os experimentos, porém, demonstram que nos enganamos muitas vezes.
EXPERIÊNCIAS
Antoinette Feleky pediu a centenas de pessoas que identificassem as emoções em 86 fotografias posadas por uma atriz. Os julgamentos variavam muito, isto é, a mesma fotografia era julgada diferentemente pelos observadores. Uns diziam que ela estava “surpresa”, outros “atônita”, outros “assustada”, “admirada”.
Uma fotografia chegou a ser julgada de 39 modos diferentes. Um tempo depois o psicólogo demonstrou que a divergência entre os julgamentos não era tão grande, mas sim a divergência entre os termos empregados para designar as emoções.
Herbert S.Langfeld (Universidade de Princeton) pediu a pessoas que identificassem em 105 fotografias as emoções expressas por um ator.
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Os julgadores considerados melhores obtiveram 58% de “acertos”, isto é em mais de metade das fotografias seus julgamentos coincidiram com a emoção que o autor pretendia expressar. Os julgadores considerados piores obtiveram 17% de acertos, isto é, os outros 25 % na grande maioria das fotografias os julgamentos não coincidiram com a emoção que o autor pretendia expressar ao ser fotografado, ou seja, erraram.
“elaboração própria”
Langfeld notou que as pessoas não só julgavam erradamente as expressões fisionômicas fotografadas, mas também se mostravam inseguras em seus julgamentos e deixavam-se facilmente influenciar pela opinião alheia.
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A expressão vocal das emoções também tem sido estudada. Os adultos tendem a revelar suas emoções mais fortes, como a excitação e a cólera, falando depressa e em voz alta.
Os psicólogos têm estudado o problema das reações emocionais congênitas, observando as respostas do recém-nascido, e têm tentado obter explicações de como vai se modificando tal comportamento primitivo e a criança atinge a maturidade emocional própria do adulto.
Estudos de John b. Watson sobre as emoções congênitas. Watson procurou verificar quais são as emoções que a criança apresenta desde o nascimento.
Para isso realizou uma observação sistemática no Hospital John Hopkins, em 1917. Observou, desde o nascimento, grande número de criancinhas em atitudes e reações que pareciam ser a expressão de diversos estados emocionais.
Nenhum outro trabalho psico-experimental tem sido tão discutido no campo da psicologia infantil, como este. Embora seus resultados atualmente nos pareçam vulgares, pode-se dizer que devem ser aceitos como ponto de partida para nova discussão.
Foto: 01 Hendrio Gabriell Barreto (24 horas de vida) Autor: Valdineia Barreto. “elaboração própria”
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Watson apresentou aos recém-nascidos estímulos bastante variados, alguns dos quais não produziram o comportamento que normalmente se classifica emocional (por exemplo, o fogo, as caretas, os animais não alteram o comportamento das criancinhas).
RESPOSTAS EMOCIONAIS DE CRIANÇAS
DE 0 à 3 MESES DE VIDA SEGUNDO WATSON
ESTÍMULOS (Situação) | EMOÇÃO | RESPOSTAS (REAÇÃO DA CRIANÇA) | |
Sons altos, ou à retirada brusca do apoio corporal; | MEDO | Retinha sua respiração, tremia, fechava os olhos, apertava seus lábios, gritava, chorava e fechava as mãos em formas de garras. | |
Retenção dos movimentos espontâneos | CÓLERA | Braços e pés eram movimentados com violência, a face se contraía e a criança gritava violentamente. | |
Reação expansiva provocada pelo contato suave (carícias nas zonas corporais) | AMOR | Relaxamento muscular com extensão dos braços e dos dedos e respiração arrulhante. | |
Tabela: 04 Autor: Fabrício Miranda Fonte: Autoria do acadêmico do grupo. “elaboração própria”
Recentes experiências no campo da psicologia infantil trouxeram dúvidas sobre a teoria das emoções de Watson, Shermam e outros experimentados que procuravam reproduzir os trabalhos de Watson acharam difícil identificar as reações dos recém-nascidos e foram divididas em dois grupos: quando havia mal estar físico e quando as crianças estavam fisicamente em boa situação.
Quando um bebê é estimulado por contatos suaves, carícias, acalantamento, ocorre um relaxamento muscular com extensão dos braços, dos dedos e respiração arrulhante, percebe-se também que a criança fica com um semblante agradável e muito tranqüilo.
EMOÇÕES ADQUIRIDAS
As reações emocionais podem ser aprendidas. John B.Watson apresentou um rato branco a uma criança de 11 meses (Albert), que não tinha medo de animaizinhos. A criança procurou aproximar-se do ratinho; então, produziu-se bem alto, atrás de sua cabeça. Albert encolheu-se, estremecendo. Isso foi repetido várias vezes, depois do que bastava apresentar-lhe o rato para que a criança chorasse e se afastasse. O medo adquirido transferiu-se a outros
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objetos semelhantes, como um coelhinho, um cãozinho de brinquedo, um agasalho felpudo, etc. Watson demonstrou que muitas de nossas reações emocionais foram adquiridas através de nossas experiências, durante a infância.
ELIMINAÇÃO DO MEDO
Algum tempo depois do experimento de Watson, Mary Cover Jones demonstrou como o medo pode ser eliminado. Enquanto uma criança que tinha medo de animaizinhos estava comendo, ela trouxe ao aposento um coelhinho engaiolado e conservou-o bem distante. Durante as refeições seguintes, o coelhinho engaiolado foi trazido cada vez mais perto, até que a criança se aventurou a tocá-lo, acariciando o mesmo. O processo foi muito gradual. Uma aproximação muito brusca poderia ter despertado o medo, ou poderia tê-lo transferido ao alimento, ao invés de removê-lo do coelhinho.
MÉTODOS PARA ELIMINAR O MEDO
A Dra. Jones afirmou que muitos métodos recomendados para eliminar o medo não são eficientes. Os medos não desaparecem com o tempo, mas há três métodos que ela aconselha para removê-los:
MÉTODOS | CARACTERÍSTICA | RESULTADO |
Imitação Social | Colocar a criança medrosa entre outras crianças que não apresentam medo. | Muitas vezes dá boas conseqüências. |
Familiarização | Fazer a criança familiarizar-se com o objeto temido, por meio de um constante contato com o mesmo. | Pode reduzir o medo, porém raramente o elimina por completo. |
Respeito e valorização ao medo da criança | Respeitar os tipos de medo e do que a criança tem medo. A ridicularizarão do medo não liberta a criança do mesmo; | Desacelera sua reação emocional. |
Tabela 04. Autor: Rogério Gomes (métodos para eliminação do medo) “elaboração própria”
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EVOLUÇÃO DO COMPORTAMENTO EMOCIONAL
Com o desenvolvimento, a criança vai modificando suas reações emocionais. Podemos observar, à medida que o desenvolvimento infantil vai se processando, uma diminuição da violência no modo de manifestar as suas emoções. Há três causas principais que parecem contribuir para a diminuição da violência nas expressões emocionais são elas:
CAUSAS | CARACTERISTICAS |
Aquisição da linguagem | À medida que a criança cresce passa a expressar suas emoções por palavras e não por atos. |
Pressão do meio social | Na convivência com os adultos, vai sentindo uma pressão para que seja “boazinha” vai percebendo que seu comportamento violento não é aprovado e por ter desejo de agradar aos mais velhos, seus conselhos, as censuras e o exemplo destes a levará a moderar suas expressões de cólera. |
Desenvolvimento da inteligência | Á medida que se dá o desenvolvimento intelectual, a criança sabe prever as conseqüências das suas reações. |
Tabela 05. Autor: Elane Gualaçua (Evolução do comportamento emocional) “elaboração própria”
SUSCETIBILIDADE EMOCIONAL
FASE | SUSCETIBILIDADE EMOCIONAL |
CRIANÇA | Fome, frio, posição desconfortável, molhada, com alguma dor. |
ADOLESCENTE | Insatisfação, frustração, desejo de aprovação social por parte das pessoas da sua idade. |
ADULTO | Mal-estar do grupo social (se sua família está bem, se as condições de seu país estão boas, são positivas e vice-versa) |
Tabela 06. Autor: Eliane Alves (Suscetibilidade emocional) “elaboração própria”
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A princípio a criança só reagirá emocionalmente quando em situações que alterem seu bem-estar físico, se estiver bem alimentada, repousada, limpa, agasalhada, com saúde, mostrará prazer.
Foto. 03 Autor: Valdineia Barreto (Hendrio Gabriell em momentos prazerosos) “elaboração própria”
Ao contrário mostrará prazer, ao contrário se estiver com fome, com sede, suja, molhada ou com alguma dor mostrará aborrecimento. Suas emoções serão expressas através do choro, da irritação, caretas, e outras expressões faciais típicas de uma criança.
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Qualquer desconforto pode gerar grandes berreiros, afinal nessa idade, a criança só pode expressar suas emoções por meio de gestos, atos, e do único instrumento que algumas possuem: o som que é pronunciado através do choro até que possa se expressar por meio de palavras, não tem outra alternativa para mostrar o que sente.
DURAÇÃO DAS EMOÇÕES
A criança passa rapidamente de um estado emocional a outro muito diferente.
Foto. 05 Autor: Valdineia Barreto (Duração das emoções) “elaboração própria”
Os episódios emocionais na infância são muito rápidos e freqüentemente vemos a criança passar de lágrimas ao sorriso ou vice-versa com muita facilidade.
Á medida, porém, que vamos desenvolvendo, nossas emoções vão tendo maior duração, apresentando aspectos de preocupações. A criança apresenta episódios emocionais enquanto que os adultos apresentam estados emocionais.
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PESQUISA DE CAMPO SOBRE A EMOÇÃO
Os acadêmicos deste grupo entrevistaram pessoas de diferentes gêneros e idades à cerca da emoção. Foram feitas as seguintes perguntas: ¹O que é emoção para você? ²O que mais te emociona? ³Você tem dificuldade para expressar suas emoções? 4Você se considera uma pessoa emotiva?
ENTREVISTA 01 (POR VALDINEIA BARRETO)
¹ É tipo você sentir uma coisa, uma sensação diferente.² Histórias reais, pessoas passando dificuldade, ou quando alguém me irrita, me magoa ou mente pra mim. ³ Não! sou bastante sensível. 4 Sim, sou muito emotiva, choro até vendo propaganda de margarina. (Sexo: feminino idade: 26 anos)
ENTREVISTA 02 POR ELIANE ALVES PEREIRA.
¹ Sentimentos bons e ruins. ² Pobreza, jovens nas drogas. ³ Não sou muito emotiva em tudo. 4 Sim em todos os aspectos, principalmente sobre a fome e as drogas. (feminino idade: 35 anos).
ENTREVISTA 03 (POR ELANE GUALAÇUA)
¹ É expressar seu sentimento. É ao mesmo tempo sentir alguma coisa boa ou ruim. ² São momentos de alegria que convivo no dia-a-dia. ³ Não costumo expressar intensamente qualquer tipo de emoção. 4 Sempre transpareço minhas emoções. Não costumo guardar só pra mim e sim transmito para todos ao meu redor. (Raimunda Lopez, 24 anos).
ENTREVISTA 04 (POR ELANE GUALAÇUA)
¹ É um sentimento que as pessoas expressam quando está feliz ou está triste. ² Tudo me emociona quando estou com raiva ou alegre. ³ Sim porque tenho vergonha.4 Sim, porque eu me emociono com tudo, com discussão, ou vendo um filme.(Keila Cristian, 33 anos)
ENTREVISTA 05 POR ANA MARIA
¹ É um sentimento representado de várias formas. Ex. quando fico alegre ou também triste, surpresa. ² Alegria, tristeza. ³ Não. 4 Sim. (Camila 27 anos)
ENTREVISTA 06 (POR FABRÍCIO MIRANDA)
¹ É tudo aquilo que sentimos, como alegre, triste, etc. impulsos que temos em determinadas situações. ² A realidade em que vivemos, a grande diferença, a economia e o preconceito. ³ Não. 4 Muito, porque expresso bem meu sentimento, como ajo perante uma situação. (Natália Cristinne, 20 anos)
ENTREVISTA 07 (POR ROGÉRIO GOMES).
¹ É algo que te faz mudar derrepente. ² Jogo de futebol, morte, fome, brigas. ³ Muita, eu sempre finjo que nada me abala. 4. Não. Sou duro na queda, não me emociono fácil. (Carlos Aguiar, 14 anos).
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CONCLUSÃO
Os estudos, descobertas, experiência feitas sobre a emoção são muito importantes, não só para o estudo da psicologia, mas para a sociedade de modo geral, seria um absurdo não ressaltar que ainda há um grande caminho a percorrer, pois com esse seminário e com esse trabalho escrito tivemos a oportunidade de perceber o quanto as emoções fazem parte, o quanto elas tem influencia sob todos nós.
Apesar de toda a evolução, as pesquisas nessas áreas não tem a exploração que deveria, afinal todas as pessoas se emocionam, algumas com mais facilidade, outras escondem o que sentem, mas se tem uma coisa que foi possível concluir é que ao nos emocionarmos não significa que somos fracos e que não temos personalidade, isso porque desde bebes sentimos emoções e elas passam por processos de evolução, com transformações psicológicas e físicas também.
A emoção será algo que teremos que lidar, na verdade todos nós do grupo já estamos experimentando diversas emoções desde o dia em que começamos a fazer esse trabalho e no quando estamos nervosos diante do que falar para as pessoas, estamos com medo das perguntas da professora, estamos surpresos por finalizar a parte escrita desse trabalho e muito ansiosos para a apresentação do seminário.
Esses estudos, principalmente sobre a emoção, irão facilitar o trabalho dos pedagogos, esta investigação veio evidenciar a relevância do reconhecimento da expressão facial das emoções das pessoas. As pesquisas ainda não são satisfatórias pois é necessário que ocorra o estudo, observação e experiência com seres humanos e não com animais, afinal como estudar as emoções humanas através dos animais, por isso a emoção é muito relativa e um assunto complexo, mesmo com tudo que se sabe as pesquisas nessa área ainda tem muito a evoluir.
Esse seminário trouxe bons benefícios, pois o lado da emoção que envolve a psicologia infantil é de extrema relevância. Através de experiências podemos ver o quanto as coisas mudam. Emoção não é tão abstrato como se acreditava antes, afinal ela tem aspectos físicos e tem influencia sobre o nosso corpo, sobre o nosso coração, sobre o nosso cérebro, não precisamos ser psicólogos, fisiologistas ou neurologista para saber disso.
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